Sempre dou o primeiro adeus e fico constrangida por não ouvi-lo de volta.
É fácil ser a pessoa que fingi estar tudo bem, é fácil viver por trás do muro, sem querer ver o que há por trás dele, é fácil viver na sombra, sempre protegido.
QUEM DISSE QUE É DIFÍCIL?
Mas, só queria saber porque viver do fácil não traz alivio, e sim, culpa.

HUMAN?

Oh Deus, tenho tantas perguntas que meu coração chega a gelar por não saber as respostas...na verdade, por saber que a resposta de tudo, sempre, sempre esteve na minha frente e eu apenas neguei abri meus olhos e enxergar.

Porque só percebemos que não temos tempo quando estamos a beira de um abismo?

Porque perdemos aquele tempo, naquele momento perfeito pra dizer o quanto amamos nossos amigos, aqueles que estão distantes ou aqueles próximos. Porque não os agradecemos somente por eles existirem e terem feito parte da nossa história?

Porque somos tão egoístas ao ponto de pensar que só nos sofremos, que só nos não achamos nossa casa um lar, que só nós não conhecemos o amor, porque só nós...?

Porque nunca pensamos naqueles que um dia pediram nosso abraço, só nosso abraço e sorriu, porque?

Porque perdemos pessoas que amamos? Porque só damos valor aquela tal pessoa que amamos quando a perdemos?

Oh Deus, somos nós os humanos? Não me sinto nada humana sendo isso.

...

A maioria das pessoas vivem com medo. A maioria das pessoas não sabem seu caminho. A maioria das pessoas choram antes de dormir. A maioria das pessoas mentem pra se sentir melhor. A maioria das pessoas se sentem um lixo interior. A maioria das pessoas não sabem amar. A maioria das pessoas fingem, fingem, simplesmente fingem, e pra elas, isso basta, é suficiente.

Nesse exato momento muitos estão tentando voltar atrás, tentando se desculpar, tentando escolher outro caminho, tentando, alguns estão se recuando mais uma vez, outros apenas sorriem e acham que assim esta tudo bem...e alguns, como eu, estão paralisados, não voltamos, nem continuamos...apenas tentando não desistir, não fugir, mesmo sabendo que muitas vezes essa é a escolha mais fácil. Mas quem disse que as escolhas mais fáceis, são as escolhas certas?

pense bem ou não pense assim..

As pessoas preferem viver sofrendo, com magoas, com dores, com o passado ao invés de abdicar todo esse conjunto nada confortável. Mas sabe porque? Porquê esse sofrimento se torna uma causa, uma razão pela qual viver. Você ainda não entende? A maioria das pessoas não tem pelo o quê viver. A maioria das pessoas não vivem, apenas nascem e morrem. É realmente estranho dizer que o sofrimento se tornou uma causa pela vida, é relativamente falando. Vamos explicar, o sofrimento em si, é uma desculpa, é uma resposta automática para responder todas aquelas perguntas sem respostas. O sofrimento é a desculpa que usamos por não sabermos quem somos ou o que vamos ser. O sofrimento é a máscara que usamos para retirar a culpa do que nos tornamos e joga-la para outro, só para ser leve, só para nos sentirmos bem ao se olhar no espelho, só pra se tornar mais fácil viver. Sofrer é fácil, difícil é aceitar que na maioria das vezes você próprio causou seu sofrimento. Pense bem, vai chegar um dia onde não irá ter ninguém para você culpar pelo o quê você se tornou, pelo o quê você é, pelo o que você sente, pelo o que você gosta...só irá ter você e você mesmo, só pense bem.

A liberdade existe, ela só espera que acreditemos nela.

Seja livre, ame, beije, feche os olhos, sinta paz  e principalmente, se permita viver, sorrir, chorar, sofrer de verdade por alguma coisa, se permita ao menos uma vez, tentar ser feliz. É raro ter sucesso na primeira tentativa mas...

Século XXI:

Indecisão, eu quero uma pra viver.

A incerteza parece estar em todos lados, incrustou-se em nós. São tantas informações, que já não sabemos para onde ir, o que ser, o que somos, no que acreditar, entre tantas outras dúvidas e mais dúvidas que se fazem presentes diariamente. Ser uma incógnita agora é moda, viver do “eu acho” é comum e a indecisão é um fato. Cansa-se saber que a certeza é incerta e que vivemos de meras suposições.
Onde estão as armas? Onde está a luta? Onde foram parar as causas reais? Somos o rastro de uma juventude contra a cultura pre estabelecida. Não temos cultura, força, não entendemos de politica, não sabemos votar, falta o interesse, a motivação, falta tudo e sobra incertezas, indecisões, não somos nada que um dia sonharam que seriamos.
Então, o que nós somos? O que você é? O que eu sou?

Onde está a vergonha de sentir saudades?

Onde está o erro de sentir falta de algo ou de querer de volta o que se perdeu?

A saudade faz parte de nós. Só é prestar atenção e perceber que tudo passa, todos os momentos, os abraços, o tempo, menos a saudade, ela se faz intacta, fazendo de eterno aquilo que já passou e nunca vai voltar.

Admitir sentir saudade, não significa admitir fraqueza.

É absurdo viver uma guerra psíquica com você mesmo. Invencível.

Dizem que a pior decepção é aquela que não esperamos.
Vamos aos detalhes, quem, por mais insano que seja, espera, aguarda como algo bom, se decepcionar?
Sempre irá existir a dúvida nas pessoas, pois qualquer um pode nos decepcionar - todos estão cientes disso. Mas ninguém a espera como chuva no verão, aguardando sua chegada pra se sentir aliviado. Muito pelo contrario, podemos ter a mais irrefutável certeza de que tal fato irá correr e quando acontecer, essa tal certeza não vai diminuir a dor que iremos sentir. E sempre, sempre se tornará a “pior decepção”, uma após a outra.
Saber ou não saber, esperar ou não esperar, não vai fazer a miníma diferença.
Lembre-se de uma coisa, ninguém está preparado para sofrer, para chorar, não vivemos de roteiros.

cronos

O mundo gira, ao mesmo tempo que devagar, rápido, em um flash de luz e cifras no papel. Com mais de 200 países, milhões de pessoas, um turbilhão de sentimentos, falas, pensamentos, tudo no mesmo segundo, como uma dança ensaiada, música repetida. Mas, em qualquer lugar do planeta, parecemos tão parecidos, na mesma distancia que diferentes. Aquela necessidade de ser amado, ou pelo menos, de saber que alguém sente nossa falta, não é tão única, como se fosse um filme, existem tantos outros com o mesmo dilema.
Um detalhe, cada um sabe o que carrega no peito, lembranças, amores, o passado, futuro, hoje, e não adianta pensar tanto se é involuntário, não adianta ouvir só os outros, não adianta obedecer o horóscopo, nem fugir e culpar o destino, é neutro. A dúvida, tão bem projetada e incrustada na pele, assusta até hoje, e continuamente, várias nações. Aquelas perguntas que todos se fazem antes de dormir e ao acordar. Será? Porque? Se contente com o não, o talvez, tanto faz, vale a pena. O tempo passa, e no fim, lamentamos o ontem por toda a vida. Então, viva, faça promessas, se vai cumprir ou não, só o tempo poderá dizer.
Dance a dança do tempo.

cosseno.

Os anos passam, as cores mudam, as estações trocam, e nós crescemos, ficamos velhos, sonhamos, vivemos, amamos, morremos. É incrível a forma assustadora como o tempo passa e nós mudamos, é brisa em noite de verão.
Acordei, numa manhã de domingo, me olhei no espelho, sentir o que jamais havia sentindo antes, graça. Há uns anos atrás, poucos anos, sonhava com o que faria hoje, promessas, quantas promessas fiz antes de dormir, quantos sonhos, sonhei ao me deitar, nada feito, nem ao menos tentado.
Dormir, numa noite de domingo, percebi o quanto eu cresci, palavras pequenas, hoje não tão pequenas me conquistam, fiz o que não sonhei, cumprir promessas que não foram feitas, dancei na chuva, cantei no chuveiro, aprendi a viver, sorrir ao encontrar alguém especial, aprendi que amar não depende de aprendizado, formula, freud,  mas de pessoas, simplesmente pessoas.
Então, nos meus 17 anos, o tempo passa rápido, trabalho, estudo, namoro, leio, brinco, faço tudo, sem nada cobrar de mim. Parece ser mais fácil, é, é simples!